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  Entorse de Tornozelo  
     
  O entorse de tornozelo é uma das lesões musculoesqueléticas mais frequentes encontradas na população ativa. Ocorre com maior frequência nos atletas de futebol, basquete e vôlei, correspondendo a cerca de 10% a 15% de todas as lesões do esporte. Representa 25% de todas as queixas ortopédicas, ocorrendo uma lesão por dia para cada 10.000 pessoas, isto é, 20.000 entorses por dia no Brasil.

A grande maioria das entorses (cerca de 90%) ocorrem nos ligamentos laterais do tornozelo (parte externa da articulação). Os ligamentos são estruturas que servem para estabilizar as articulações e impedir movimento excessivo entre os ossos. Na entorse de tornozelo ocorre o movimento excessivo do tornozelo e do pé para dentro, em direção à linha média do corpo, ultrapassando o limite de resistência destes ligamentos e resultando em danos a estas estruturas, que pode ser desde um estiramento até a ruptura completa, dependendo da intensidade do trauma.
 
   
     
  Existem três ligamentos que formam o complexo ligamentar lateral do tornozelo. O ligamento talofibular anterior, o calcâneofibular e o talofibular posterior. Os mais importantes e envolvidos na entorse são os ligamentos talofibular anterior (LTFA) e ligamento calcâneofibular (LCF). Raramente ocorre ruptura do ligamento talofibular posterior (LTFP).

O complexo ligamentar medial é formado pelo ligamento deltóide, que possui duas camadas, uma superficial e uma profunda.
 
     
   
     
  Os principais sintomas de um entorse de tornozelo são: dor, inchaço e hematoma, que podem afetar os dois lados da articulação, dependendo das estruturas acometidas. A dor intensa e a impossibilidade de firmar o pé no chão ou de apoiar o peso depois de uma entorse, requer uma avaliação médica imediata e radiografias.

O tratamento das entorses depende da magnitude da lesão. É necessário uma avaliação médica detalhada para identificar a gravidade e determinar o tratamento adequado. Cerca de 80 a 85% das lesões evoluem com resultados satisfatórios após tratamento conservador, porém, 20 % dos pacientes referem dor residual e lesões associadas que impossibilitam suas atividades normais diárias.
 
     
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